Como funciona a Bolsa de Valores?

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É muito comum que nós escutemos notícias sobre as Bolsas de Valores, sejam elas internacionais ou, no nosso caso, a B3 – como é conhecida a bolsa brasileira. Apesar de ser um tema muito comentado em diversos setores empresariais, jornais, sites e até mesmo entre amigos, pouco se fala sobre o conceito de Bolsa de Valores. Afinal, você sabe o que é a Bolsa de Valores e como ela funciona?

Nós podemos classificá-la como um mercado no qual se negociam títulos expedidos por corporações que possuem uma característica especial: o capital aberto. Uma corporação, tanto pública quanto privada, que opta por abrir o seu capital, inicia a comercialização das suas ações na Bolsa de Valores. Essas ações, por sua vez, são negociadas para os investidores – que podem comprá-las ou vendê-las na própria Bolsa de Valores.

Continue a leitura para entender os principais conceitos que compõem a Bolsa de Valores, além de descobrir o seu funcionamento. Veja a seguir!

Conheça a Bolsa de Valores do Brasil

A Bolsa de Valores brasileira é conhecida como B3. A CVM, Comissão de Valores Mobiliários, é o órgão responsável pela supervisão da Bolsa de Valores do Brasil. É interessante saber que as entidades reguladoras das Bolsas de Valores são únicas para cada país. Isso acontece para que todas as normas e regulamentos estipulados para o mercado financeiro sejam devidamente cumpridos – assim, as transações funcionam de modo ordenado e assegurado. Se acaso uma corporação ou acionista infringir uma regra, estes passam a ser submetidos a uma investigação controlada pelo órgão regulador da Bolsa de Valores.

A B3 tem conseguido superar os índices que apontam a entrada de novos investidores no mercado financeiro. Segundo um levantamento feito pela Bolsa de Valores do Brasil, em agosto de 2021 houve um crescimento superior a 43% no número de investidores – o que totalizou 3,8 milhões de contas ativas no mês de junho.

Contudo, ainda que as estatísticas apresentem um aumento significativo no número de investidores, nós te avisamos sobre o risco de investir na Bolsa de Valores, especialmente se você é um iniciante nos investimentos. O FGC, Fundo Garantidor de Crédito, não protege os títulos que são negociados na Bolsa de Valores – apesar de se tornarem mais lucrativos, transformam-se em operações menos seguras também. Portanto, esteja atento aos detalhes e busque compreender o funcionamento do mercado financeiro.

O que são ações?

Se você acompanha os artigos aqui no blog, já deve saber o que são ações. Mas, se chegou agora, fique tranquilo! Nós te explicamos o que são as ações.

Uma ação é, na verdade, uma pequena fração de uma empresa. Imaginemos que uma corporação deseja arrecadar dinheiro. Para isso, ela abre o seu capital e começa a emitir ações. Os compradores, por conseguinte, tornam-se sócios da empresa.

Atualmente, existem diversas empresas que negociam as suas ações na Bolsa de Valores do Brasil – elas são o principal ativo negociado na B3. O valor das ações costuma oscilar durante o dia e isso acontece com certa frequência. Para definir os seus preços, observam-se as ofertas de compra e venda dos acionistas – ou seja, se muitos investidores mostrarem interesse para adquirir uma ação, esta, por sua vez, torna-se mais valorizada e o seu preço mais elevado.

É possível, também, que uma ação seja desvalorizada e o seu preço diminuído. O processo de interesse na compra e venda das ações conecta-se com os negócios de uma corporação. Por esse motivo, quando o setor de atuação de uma empresa vai bem, as ações geralmente alcançam o ápice da sua valorização. No entanto, se uma corporação enfrenta adversidades financeiras, as suas ações, por norma, costumam ser preteridas na Bolsa de Valores.

As ações negociadas podem ser divididas em dois tipos: ações ordinárias e ações preferenciais. As PNs, ou ações preferenciais, são boas escolhas para os investidores caracterizados por Pessoa Física, visto que existe a partilha dos Dividendos.

Nós já publicamos um artigo sobre as Ações Preferenciais e Ações Ordinárias, e também sobre os Dividendos. Se desejar saber mais, veja-os abaixo!

O que são acionistas?

Se você comprar a ação de uma empresa, passará a ser um acionista dessa corporação. Ou seja, participará da empresa por possuir uma fração dela. Por esse motivo, costuma-se dizer que o investidor torna-se sócio do negócio. A lógica é bastante simples: quanto maior for o número de ações adquiridas, maior será a participação nos negócios da empresa.

Se você pretende ser um investidor, deve saber que possui dois direitos sobre a corporação. São eles:

  • Direitos essenciais: o direito essencial te garante o recesso, a fiscalização e as participações em lucros e ativos da empresa.
  • Direitos modificáveis: o direito modificável está previsto segundo a lei ou estatuto da empresa, entendendo-se aos investidores.

O que fazer para começar a investir na Bolsa de Valores?

O primeiro passo para começar a investir na Bolsa de Valores é ter a sua conta em uma corretora ou em alguma companhia financeira creditada pela CVM. Lembre-se de que as corretoras de valores e as instituições financeiras são responsáveis por intermediar os processos de investimento.

Ao investir na Bolsa de Valores, você compra ou vende ações ou títulos negociáveis de uma corporação. Nós te lembramos que a oscilação de valores é um fator que deve considerar antes de investir – os lucros não são garantidos ou fixos. Por isso, preste muita atenção antes de iniciar operações no mercado financeiro.

Atente-se também à liquidez! De acordo com as tendências com as quais a empresa está conectada, é possível que você não consiga vender as ações que adquiriu.

Há algum valor mínimo para os investimentos na Bolsa de Valores?

Bom, não existem valores mínimos para investir nas ações da Bolsa de Valores. Contudo, você precisa estar atento à taxa de corretagem – que se corresponde pelas ordens de compra e venda de ações. A taxa de corretagem não possui um valor fixo e pode variar de acordo com a intermediadora escolhida por você.  

Que tipos de impostos e investimentos são cobrados para os investidores na Bolsa de Valores?

Há certas taxas que são cobradas para quem investe na B3. A taxa de negociação e a taxa de liquidação podem variar de acordo com os seguintes aspectos:

  • Tipo de Investidor
  • Valor Investido
  • Tipo de Operação

Tanto a taxa de negociação quanto a taxa de liquidação são recolhidas no valor financeiro da transação – ou seja, valor total de compra ou venda das ações.

O Imposto de Renda também pode ser cobrado na B3 – isso ocorre quando as vendas mensais das ações superam o valor de R$20 mil. Logo, cobra-se 15% de Imposto de Renda sobre o lucro líquido das transações – lembrando que essa operação acontece até o último dia útil do mês subsequente. Se acaso você operar com day trade, deverá pagar 20% de Imposto de Renda no lucro líquido.

Para saber mais sobre o Day Trade, leia o artigo abaixo!

É arriscado investir na Bolsa de Valores?

Se você estava perguntando-se sobre os riscos de investir em ações na Bolsa de Valores, a resposta para a sua pergunta é incerta. Tudo depende dos tipos de aplicações que você deseja fazer. Contudo, nós entendemos que a Bolsa de Valores não é indicada para os iniciantes no mercado financeiro.

Saiba que não se recomenda investir as suas economias, justamente pelas incertezas que as operações apresentam. Lembre-se de que os investimentos são voláteis, por isso esteja muito atento a todas as movimentações que pretende fazer.

Costuma-se dizer que a lucratividade de um investimento equipara-se ao risco que a operação apresenta. No entanto, o retorno é grande desde que a transação seja um sucesso. Os investimentos pequenos, por sua vez, possuem um lucro inferior, mas oferecem mais garantias ao acionista.

Portanto, atente-se ao que você deseja alcançar no mercado financeiro. Considere os seus valores e sempre invista em conhecimento.

Faça a leitura dos artigos que sugerimos ao longo do texto e fique por dentro de todos os conceitos que envolvem o mercado financeiro!